segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A Terra e o Sol

A menina do Sol mandou dizer que ama a amiga da Terra.
Será possível se mandar recado lá do céu?
Acho que sim...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ninguém é insubstituível. Será?!

"Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões foi para 'outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: 'Estamos todos muito tristes com a 'partida' do nosso irmão Zacarias, e hoje, para substituí-lo chamamos NINGUÉM, pois nosso Zaca é insubstituível'".

domingo, 14 de novembro de 2010

Por um bom tempo...

Ela tentava entender o mundo e o que te acontecia como se disso dependesse a sua própria permanência no mundo. Tudo o que acontecia poderia, cada vez mais, te empurrar para fora do mundo ou te deixar cada vez mais no mundo. Digo fora do mundo normal, é claro.
Agora acredito que existe uma linha muito tênue entre o ser normal e o louco. É muito fácil pirar. É muito fácil se afastar dos conhecidos como "normais".

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Primeira primavera sem você aqui...

"Feliz aniversário, meu amor, espero que você esteja muito feliz". Que pena, não posso te dar aquele abraço que sempre dei, não posso comprar o presente que sempre comprei, não posso comemorar como sempre comemorei com você, não posso, não posso fazer o que sempre fiz. No fundo, queria estar contigo em mais essa primavera.
Que estranho, estou tentando falar com alguém que já morreu. Ao mesmo tempo em que sinto que você não morreu, jamais morrerá para mim. Me segurei para não mandar uma mensagem no seu celular, sua mãe me acharia louca.
Ainda não sei como funciona essa história de morrer. Saberei na hora certa. Enquanto isso, prossigo com essa imensa saudade que me corrói o coração, que me faz pensar apenas nos momentos em que passei ao seu lado, apenas em todos os abraços e sorrisos que sorrimos juntas.
Esse "feliz aniversário" é melancólico, me causa nostalgia, é claro. Não devia pensar assim, mas a morte não me deixa outra saída. Ainda assim, "feliz aniversário, meu amor. Espero que você esteja muito feliz". Te amo, SOL!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vida

Mas pela ausência (que não tem solução) de alguém que tanto amo, resolvi investir na vida. Sabe-se lá quando terei uma nova chance ou mesmo se terei. Viver não é ruim. Só enquanto se vive se pode viver. Pois então, também assim farei: enquanto puder me lembrar de momentos e pessoas me lembrarei. Guardarei tudo dentro da gaveta do coração, porque a cabeça mesmo já não anda tão boa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Minha SOL!

Minha SOL se foi...
Minha vida se foi junto com ela
Minha alegria se foi
Meus planos se esgotaram
Meus sorrisos serão sempre tristes
Meu amor por você será sempre maior
Minha vida sem você será sempre com um brilho a menos
Minha palavras não terão mais destinatário
Meus poemas feios não serão mais lidos e adorados
Minha personalidade não será mais escancarada como era quando eu estava com você
Minhas gargalhadas não serão mais tão altas
Minhas farras já não terão motivo para acontecer
Minha ida ao chiquita será em vão: não conseguirei encontrar o endereço
Meu ciumé não terá mais tanta intensidade
Minhas brigas por besteiras já não existirão
Minha crença no amor, na amizade volta a ser como era antes de te conhecer: pouca, bem pouca
Minha vida sem você estará sem SOL
Meu SOL sem você não brilhará mais como antes
Minha Solange Malaine...
Minha filha terá o seu nome. Ainda não sei como, mas terá...
Minha vida, eu sempre te amarei!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Perfil

Ser bom não é algo assim tão fácil. Se dizer uma pessoa boa é fácil. A questão é realmente ser do bem. Mas por que mesmo ser uma pessoa do bem é tão importante para mim? Com toda certeza do mundo, sei que ser alguém do bem é ser alguém que ama o próximo. Sem nenhuma demonstração de santidade, sei, sinto quando estou diante de alguém que ama sem pedir nada em troca. Isso é raro, isso é muito raro hoje em dia. As coisas hoje são muito efêmeras: os relacionamentos se acabam por pouca coisa; o celular mais novo do momento perde seu encanto em menos de uma semana; a mulher mais bonita do mundo perde espaço para uma nova, seja ela feia ou linda, tanto faz. O belo rapaz quer apenas o novo, o mais moderno; as mulheres também. E por falar em mulheres, elas que me desculpem, mas o encanto, no meu ponto de vista, não está no que se quer mostrar, mas naquilo que se esconde. As amizades verdadeiras são cada vez mais raras. O que me faz, cada vez mais, me apegar àquelas que tenho.
A família parece não ser tão importante para alguns. Para mim, o significado da minha existência, a razão do meu viver, o maior amor do mundo. Algum cara muito genial disse, em algum momento, que o amor é o sentimento dos seres imperfeitos, mas é justamente o sentimento que tenta nos levar à perfeição. Perfeição é algo inatingível e um verdadeiro saco, mas amar, para mim, é muito mais que uma simples noite de sexo, aliás, fazer sexo com amor é muito melhor. As dificuldades são muitas. Quero conhecer alguém que não tenha nenhum problema. Mas acho que o maior problema de todos é a tal da inconstância. Tudo gira em torno disso. O tal do talvez, né?! Aquele maldito talvez que nos deixa com a cabeça doendo. Queria mesmo que tudo não dependesse desse danado talvez. Mas, sinceramente, a certeza de tudo seria terrível. O talvez me guia para bem longe. O difícil me faz amar com muita força. Então, que seja como deve ser. Afinal, ninguém NUNCA disse que seria fácil viver e principalmente conviver com os outros. Mas eu amo, eu amo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A história de Júlia

Era uma segunda-feira. O pior dia que podia existir para Júlia. Pior por ser o início de uma semana repleta de responsabilidades: trabalho (o que para ela significava se esforçar para algo que não gostava; a competição de alguns colegas de trabalho; a tentativa de conviver com pessoas totalmente diferentes do que ela era); faculdade (a necessidade de tirar boas notas para não perder o pequeno desconto que havia conseguido; a dificuldade em fazer provas; a convivência com as pessoas; a vergonha de falar em público; a obrigação de tirar boas notas para que o pai ficasse satisfeito). Isso, sem contar com os sorrisos forçados. Ou vai dizer que ninguém nunca foi obrigado a dar bom dia a quem não queria, ou a sorrir para alguém que odeia? Júlia sempre foi contra falsidade. Por esse motivo, nunca disse maravilhas para alguém que não gostava e nunca foi amiga de quem achava falsa, fresca, mesquinha, egoísta ou egocêntrica. Tinha a feia mania de olhar de lado para quem não era muito afeita e fazer um carão que causava até medo. Mas, é necessário explicar que o carão era apenas uma máscara que utilizava com pessoas não queridas. Ela se encontrava naquele momento da vida em que as coisas ficaram sérias demais, adultas demais, sem que fosse essa a sua vontade, e em que tudo era motivo para dizer que estava cansada. Júlia realmente estava cansada. Cansada de escutar sapo, cansada de não ter por perto pessoas que soubessem reconhecer o seu potencial, a sua capacidade, o seu valor. Saturada de gente que não é tão sentimental como ela. Sim, Júlia tinha a feia mania de amar demais e perdoar muito fácil. A amar demais ela aprendeu com a mãe, uma velha sentimental com um coração de manteiga; e a perdoar fácil demais ela aprendeu aos 15 anos de idade: foi uma estratégia desenvolvida para manter um ex-relacionamento, após escutar de várias pessoas que ela era muito orgulhosa. E realmente era. Finalizava a amizade com uma grande amiga simplesmente por esta ter esquecido o dia do seu aniversário. Naquela segunda-feira, Júlia apenas necessitava que tudo acontecesse como sempre: trabalho durante o dia e aula à noite. Tinha a certeza de que nada de bom aconteceria, afinal, era uma segunda-feira. Mas aconteceu. Cauã, o cara que trabalha no mesmo prédio que ela, resolveu olhar de um jeito totalmente diferente para aquela "menina", como costumava chamá-la quando estava com os amigos. Um olhar diferente (toda mulher sabe o que isso significa e como acontece) pode fazer com que uma segunda-feira seja o melhor dia da semana. Ela ficou sem entender, é claro. Até aquela idade, 24 anos, nenhum homem tão bonito quanto aqueles da televisão havia se interessado por ela. Júlia sempre dizia para as amigas: "Os homens bonitos não olham para mim. Eles não gostam de mim". Isso ratificava a enorme insegurança desenvolvida ao longo dos anos ou a insegurança que veio do berço. Já estou aqui entrando na onda de Júlia. Um simples olhar pode significar um pedido de namoro para ela. Mas sou sensata. Ela, apaixonada. Apaixonada pelas pessoas. Apesar de sempre ter alguém que a irrita com muita facilidade, seja no trabalho ou na faculdade, em um grupo de amigos ou até na igreja, Júlia acredita no ser humano. Acredita na capacidade de amar das pessoas, acredita que um amor verdadeiro é capaz de passar por cima de tudo. Talvez seja exatamente por isso, como disse uma colega da faculdade, que ela vive se magoando com as pessoas. "Você gosta tanto das pessoas que acaba se magoando muito fácil".

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ser adulto demais

Acordo, tomo banho, escovo os dentes. No dia anterior já estava preocupada com o fato de ter que trabalhar no dia seguinte. Não existe trégua. De segunda a sexta tenho que cumprir as responsabilidades. Sábado e domingo são os dias de preocupação com as responsabilidades que tenho durante a semana. Não descanso a mente. Os pensamentos giram em torno do que quero e preciso conseguir. Estudo para quê? Ora, estudo porque quero e preciso ter um emprego melhor. Ser estagiária tem lá suas regalias, mas sabe-se que isso não me dá a recompensa que desejo. Tenho que pensar na família que necessita de uma recompensa pela ajuda de agora. Eles são a minha fortaleza. Devo muito a eles. Como reprovar uma matéria na faculdade quando sei que a situação financeira não é das melhores. Preocupações como essas sempre me fizeram ser um pouco diferente dos demais. Nunca reprovei nenhuma série. Na faculdade, tenho que vencer diariamente a minha vergonha em falar em público, caso contrário, serei sempre vista como um zero a esquerda. Sempre que tenho alguma apresentação fico nervosa com um mês de antecedência. Imagine, então, como fico no dia da apresentação?! Tenho que dar conselhos para minha irmã. Não quero que ela reprove mais uma série, ou que se envolva com coisas erradas.
Tenho que entender que as pessoas não estarão sempre à minha disposição. Tenho que compreender alguns momentos de raiva. Entender que amo algumas pessoas e algumas me amam, mas nem sempre estaremos sorrindo para as pessoas. Não consigo entender certas coisas com o olhar de uma criança, que fica de bico, mas logo esqueçe e perdoa. Tenho que trabalhar com responsabilidade e compromisso. Não posso perder o emprego, afinal, é através dele que consigo pagar a faculdade. Estou sempre preocupada com algo. Não existe mais momento para a brincadeira, para o sorriso. Quero voltar a ser criança. Tudo era melhor, bem melhor. Depois de adulto, as pessoas esquecem o valor de um sorriso, o valor de olhar as coisas com os olhos de uma criança.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

É essencial a força do que tem valor

Queria ao menos explicar que ando com problemas sentimentais fortes e intransponíveis. Mas não. Nem isso. Começo a entender que isso não é necessário, e não tem valor.
No momento, o importante é saber que o que é essencial, o que tem valor, e o que me faz mais forte andam lado a lado: é essencial aquilo que tem valor; sou mais forte quando tenho o que é essencial; e dou valor a maneira como consigo me adaptar à falta do que considero essencial.
Saber o que é essencial é o que importa. Penso que coisas insignificantes são importantes para mim. Besteira. Só é importante aquilo que é essencial.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Não se pode mais

Andar pelas ruas ficou complicado. Já não se pode mais se convencer de algo por conta própria, em voz alta. Quando se procura um lugar vazio, nem que seja para chorar, as pessoas aparecem, olham, comentam. Odeio tanta observação. Queria, por pelo menos um dia, viver em um mundo sem ninguém por perto. Talvez assim aceitasse melhor a ideia de viver entre tantas e tantas pessoas, e tantas e tantas histórias que se repetem. Pensando bem, melhor ter uma história repetida do que não ter história. Prefiro ter vida, do que não ter peso.