segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tentando me explicar

Forte e sentimental. Sou a contradição em pessoa. Isso pode parecer horóscopo do dia, mas não é. Sou do signo de Touro. Talvez por isso goste tanto de falar sobre quem eu sou, mesmo sabendo que jamais conseguirei me descrever com total precisão. Tenho vontades que não sei como explicar, e não vontades que não tem no mundo quem consiga me fazer mudar de ideia. Sou meio tímida com algumas pessoas, no ambiente de trabalho, por exemplo. Mas isso somente até fazer amizades. Verdadeiras amizades. Porque se for apenas coleguismo, continuo sem conseguir me soltar. E quando não me solto, sou capaz de odiar o lugar e as pessoas.
Com os amigos e família sou eu ao extremo. Com todos os defeitos e qualidades possíveis. E por falar em defeitos, tenho muitos. É muito fácil alguém me tirar do sério. Implico até com o cara que quer pegar a minha vaga no estacionamento, ou com a pessoa que, por estar em um dia ruim, resolve me olhar de cara feia. Olho de volta com uma cara ainda mais feia. Sou vingativa,
mas só consigo ser assim com pessoas que não gosto ou não gosto mais. De quem ainda gosto e considero, pode esqueçer, serei fiel até o último momento.
Gosto de atenção, carinho e amor verdadeiro. Não me demonstre que sou segundo plano. Isso me mata de raiva. Se quiser pisar no meu amor, tudo bem, eu aguento. Não tenho vergonha de continuar gostando de alguém que não gosta de mim. Mas como tudo tem seu momento, saiba que quando eu deixar de gostar, será com um imenso sorriso no rosto. Acho que faço isso porque sou sentimental demais. Chego a ser insuportável. Vou contra o que todos pensam e falam. Faço do meu jeito. E, sim, fico com aquele cara que todos me dizem que não devo ficar porque ele não presta.
Choro se vejo alguém na rua pedindo dinheiro, e me irrito se alguém quer me encher de papeis enquanto espero o sinal abrir.
Amo minha família, mas nem sempre pensei em ter a minha família. Isso sempre, aliás, nunca foi prioridade em minha vida. Mas caso encontre alguém disposto a isso, vou querer, claro. Prioridade sempre foi me formar. E não tem essa de fazer Direito ou Medicina só ára agradar meu pai, ou para ganhar muito dinheiro. Tinha que ser Jornalismo, porque ainda acredito que conseguirei mudar algumas pessoas, e o que elas pensam a respeitos das outras pessoas.
Adoro conversar, adoro pessoas, mas de TPM sou capaz de odiar por causa de uma simples buzina. Odeio muito barulho, por isso raramente estou em shows. Odeio calor e gente fresca. As duas coisas são terríveis para mim.
Gosto de beber com os amigos, mas com aqueles que realmente considero. Não sei trair uma amizade, e ainda acredito que existem muitas pessoas boas no mundo. Quando alguém me magoa, choro, e depois me revolto comigo mesma por ter acreditado que as pessoas são boas.
Adoro criança, elas conseguem me fazer chorar em questão de segundos. Me apaixono muito fácil por elas. Datas como natal, ano novo e meu aniversário conseguem me deixar deprimida, mas não abro mão das comemorações, a não ser no meu aniversário, que, se pudesse, ficaria em casa, sem olhar para a cara de ninguém. Adoro ficar em casa, assistindo filme, com um pote de sorvete e um doritos. Meu Deus, que perfeição. Gosto das coisas simples, bem simples. Mas sou determinada quando quero algo que não é simples. Adoro sorrir, dar gargalhadas, e, se não aguentar segurar o xixi, problema, faço na roupa mesmo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

É com grande desgosto

Começo com uma frase que está na contramão da realidade: "O mundo é pequeno para caramba". Claro que o mundo não é pequeno, o mundo é imenso. Sou a favor da mistura de raças, credos, atitudes, mas essa história de que somos todos iguais é balela. Somos diferentes, muito diferentes. Percebo a diferença quando um político entra em cena. É incrível como ele é diferente de mim, ou de você que resolveu para para ler estas palavras. A oportunidade faz o caráter da pessoa. Isso acontece muito com os políticos, que podem ser pessoas maravilhosas antes de possuiren poder, e verdadeiros animais que só pensam no dinheiro quando estão em posições diferentes. Como a ocupação de um cargo político, por exemplo. Finalizo da seguinte maneira: o mundo é imenso. Tem gente de todo tipo. Pessoas diferentes, com pensamentos e atitudes, as vezes, iguais, mas uma coisa nunca muda: grandes responsabilidades e poderes, fazem com que algumas pessoas sejam sempre do mesmo jeito. Os políticos, por exemplo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Crescimento

E, então, finalmente, consegui entender que não é na base da porrada e da voz alta que as coisas se resolvem.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A palavra é concisão

Estava feliz da vida, a festejar a data de alguém querida, quando me deparo com o olhar que deseja me despistar e se encontrar com aquele que pertence ao homem com o qual me vejo. Senti repulsa. Certos laços não devem ser exaltados.

A arte do querer

Quero mais que tudo que as pessoas possam avaliar o que de melhor elas possuem. Quero e como quero as melhores amigas, porque as piores estão sempre por perto. Pode até ser um pouco de exagero. Mas, sim, quero que os melhores momentos sejam ao lado das melhores pessoas. E se não for pedir muito, quero as melhores pessoas. Quero a criança com o sorriso mais verdadeiro e as palavras mais sem-noção. Porque me cansa demais ter que ouvir as "melhores" palavras apenas como consolo para as insatisfações de cada um. Quero assistir os filmes mais românticos e os mais aterrorizantes, porque é de aventura no último volume que eu gosto. Quero e sempre quis ser amada. E se puder ser por todos, melhor ainda. Apenas quero o pote de sorvete, o melhor sorvete. Quero o melhor texto. Porque prefiro ser a melhor jornalista ao invés da jornalista meio termo. Não é o sucesso que me interessa e sim a "arte de escrever bem", a arte de saber escrever. Quero os melhores lugares ao meu alcançe. Enfim, quero tudo de melhor que posso ter. Diante de tudo de ruim que pode acontecer, quero as melhores perspectivas, os melhores pensamentos. Quero e como quero, porque querer é apenas querer. Trata-se de uma arte. Continuo querendo, como sempre quis, a melhor, o melhor.

sábado, 19 de setembro de 2009

Recado direto

Mais uma vez tenho que aguentar olhares amadores, atos insanos,
proximidades falsas, verdades inventadas, amizades criadas,
abraços que querem apenas sentir o cheiro da minha felicidade,
palavras que pretender levar ao engano... E diante de tudo isso,
logo eu que sempre acreditei e segui o coração, prefiro pensar
que não é de amor que o ser humano é feito.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mundo erótico e caro

Em um belo sábado, com um sol tão quente que acabei ficando com sede (coisa rara), resolvi fazer mais uma visitinha a sex shop do Conic. A principio, fui descobrir os preços dos vibradores para realizar uma pauta para o Jornal Esquina. Depois, acabei incorporando as maravilhas de se estar em uma sex shop e descobri algumas ferramentas que poucas mulheres têm a coragem de assumir que podem ser prazerosas.

Em meio a uma descontraída conversa com Denise, vendedora da loja, descobri que muita gente passa por ali e compra os mais improváveis produtos, aliás, é de improváveis opções que uma sex shop está cheia. Tem vibrador de todo tamanho e com as mais variadas funções. A prova de que a tecnologia está presente em todos os lugares. Com uma pequena máquina que funciona por meio de pilhas ou baterias, homens e mulheres podem aproveitar objetos diferentes que proporcionam sensações também diferentes, ou quem sabe, mais intensas.

Esta visita me fez pensar sobre qual a finalidade dos produtos eróticos vendidos em uma sex shop e principalmente, se eles têm a capacidade de melhorar ou aperfeiçoar alguns relacionamentos. Pensei ainda na quantidade absurda de produtos para as mulheres e nos poucos produtos para os homens.

Enquanto estava na loja, entraram casais curiosos, casais que realmente queriam comprar e mulheres sem acompanhante que já entram sabendo o que querem comprar; aquelas que já são clientes da loja ou clientes do mundo erótico e que agora não conseguem mais largar o osso.

O que todo mundo deve achar muito ruim é o fato de um simples produto, como um minúsculo óleo custar mais de R$ 50,00. Dentre os vibradores, o mais barato que encontrei custa quase R$ 90,00; o mais caro está na faixa dos R$ 420,00. Então, as opções para que o sexo fique diferente, quem sabe mais gostoso, ou qualquer coisa do tipo existem; mas para que possam ser utilizados, os "adoradores" devem desembolsar um valor absurdo.

É claro que é fácil encontrar, na loja, todos os tamanhos e variações de vibradores. São tantas coisas que, para alguns, a utilização dos produtos pode colocar tecnologia demais onde não deve ter. Mas será que mais e mais pessoas estão aderindo aos prazeres da tecnologia erótica? Difícil ter certeza, até porque, para muitas mulheres, tudo aquilo que vi na loja é muito sem necessidade e abusado.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vai entender...

Descobri que é mesmo o tempo que muda o meu jeito de agir. No inicio, prefiro ficar mais distante das pessoas. Com o tempo (às vezes muito, às vezes pouco), me aproximo e descubro que a conclusão inicial (daquilo que a pessoa é) é o que determina como será o contato daí para frente. A proximidade me faz perceber que todo olhar que recebo pode significar crítica positiva ou negativa, depende do meu ponto de vista e do humor da pessoa. É tudo muito subjetivo. Tudo muda e eu apenas sigo o ritmo da música.

sábado, 22 de agosto de 2009

...

Quando tudo perde a razão,


conto com outras coisas.


Conto com um amigo


que de tão amigo, é amor


e que de tão amor,


acaba sendo aquilo que


me deixa com os pés no chão.


Isso é viver!!

O toque é mais que perfeito. Vai além do que se pode entender. Os sentidos ficam a flor da pele e a vontade aumenta a cada segundo. Cada beijo deixa a prova de que isso realmente deve acontecer. O abraço acalma e deixa a alma mais leve. Aperta o corpo e aquece o coração. O amor não é só da carne, do corpo. "Trata-se de algo maior, mas que não é espiritual". Se não é espiritual, é o quê, então?
A amizade é verdadeira e deixa a certeza da cumplicidade entre os dois.
Em relação aos motivos para isto estar acontecendo: um nasceu para o outro e por mais que tentem, inventem, por mais que qualquer um dos dois faça por onde, não vai acabar. Porque é eterno.
Quanto ao desejo e a vontade, são inexplicáveis e bem mais que profundos. Fazem os corpos sentirem aquilo que as palavras não conseguem explicar.
As conversas tentam responder as perguntas que não possuem respostas, mas, às vezes, conseguem demonstrar um pouco do sentimento.
A convivência ensina que não existe somente isso. Que é possível mudar de pensamento e atitude. As aventuras são completamente sem-noção e por isso, são as melhores, porque nestes momentos, não existe preocupação com o que os outros podem pensar. São os dois e mais ninguém. Nestes momentos, os dois são como duas crianças. E qual o problema disto?
As dificuldades aumentam a vontade, mas também é necessário passar por cima delas.
Diante de tanta coisa boa, o amor torna-se apenas uma palavra que não consegue explicar tudo que pode existir entre duas pessoas, porque quando um segura a mão do outro e os olhos se encontram, é quando se percebe que não se trata somente de um querer o outro, é bem mais que isso e é bem menos complicado do que pensamos ser.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Entre defeitos e qualidades

Página de um livro: existe uma personagem da minha vida que precisa entender algumas coisas:

ela é aquele tipo de gente que precisa de um homem para se sentir feliz e completa. Precisa ser amada e apreciada. Prefere não assumir, mas no fundo adora ser paparicada e colocada em total atenção. Quando consegue isso, deita e rola. Sabe sorrir feito criança. Sente ciúme, mas se puder acreditar no outro se sente segura e confiante. Odeia mentira, odeia traição e só faz isso se já tiverem feito muitas vezes com ela e se colocarem a sua capacidade em jogo. É inteligente e bonita. Tem um coração do tamanho do mundo. É generosa e amiga verdadeira. Sabe como colocar o outro para cima e sabe principalmente chorar junto, se isso for necessário. Mas mesmo que não seja necessário ela chora do mesmo jeito. Costuma fazer coisas que sabe que depois serão motivo de arrependimento, mas mesmo assim insiste porque prefere fazer do que não fazer e depois se arrepender do mesmo jeito. Costuma acreditar nos outros, mesmo sabendo que isso nem sempre é algo valioso. Acredita no ser humano e na capacidade de mudança daquelas pessoas de coração duro. Está em processo de crescimento e avaliação daquilo que vale e daquilo que não vale estar em sua vida. Se deixa abater muito fácil por comentários de pessoas sem-noção, mas depois de um tempom acaba perdoando. Porque é de amor que o coração dela é feito. É capaz de gostar de várias pessoas ao mesmo tempo e o sentimento por um é tão verdadeiro quanto o sentimento que sente pelo outro. Não é de muitas amigas, mas as que tem costuma guardar como um tesouro no fundo da gaveta no coração. Quando conversa com alguém, olha no fundo dos olhos e fala com amor. Em situações de perigo sente muito medo e não tem coragem de encarar de frente os problemas. Sente falta de mais atenção por parte da mãe. Ela tem vários defeitos e várias qualidades. Um dia ela acaba crescendo e entendendo que nem só de amor o homem é feito.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sem explicação

É por saber que é amor


que não peço nada em troca


Acredite quando digo que no


sentimento não há resposta





Algumas coisas ficam perdidas


tentando se achar


Por isso, em vários momentos,


comigo não precisa se preocupar





Se minha tranquilidade te assusta,


saiba que ela é consequencia de muito raciocinar


Porque querer muitas respostas e sempre o sim


é coisa de quem não entendeu a falta de


lógica que existe no ato de amar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Um pouco a cada segundo

Em uma longa conversa com uma querida pessoa, cheguei a seguinte conclusão:


"As novas posições me levam a caminhos diferentes daqueles que já conheço. Isso tem muita graça exatamente pela quantidade de novas descobertas. Algumas causam medo, mas, cada vez mais, descubro que o medo de nada serve e nada resolve. Descubro, então, que não é o medo que me motiva e sim os novos obstáculos e a dificuldade que tenho para resolver determinados assuntos. Ora, é lógico que preciso de motivação e se ela me aparece acompanhada de um novo desafio, que seja. Se estou aqui, darei o meu melhor".


A querida pessoa prontamente me disse:


"Significa que você precisa de desafios e que eles te motivam assim como a raiva. E que o poder está exatamente em saber entender esse processo de transição que é a vida.
Adoro mudanças, mas elas me causam medo. Tenho medo porque a cada novo acontecimento, entendo que tem mais coisas que preciso aprender. E o fato de ainda precisar aprender me deixa sem paciencia e inseguro. Entendo também que nada sei e que o pouco que sei, às vezes, é como se não existisse".

domingo, 2 de agosto de 2009

Porque nem todo céu é repleto de estrelas

Nem toda lua é sempre bonita

E nem todo amor brilha o ano inteiro

sábado, 1 de agosto de 2009

Felicidade

Ufa, demorou mas ela resolveu dar as caras.
*
*
Por causa de uma bela mensagem que recebi, resolvi voltar aos velhos tempos e assumir que sou muito feliz. Feliz de boba, boba de tão feliz. Qualquer pessoa com o mínimo de graça consegue me fazer feliz e até aquela que não tem nem um pouco o dom da graça. Qualquer piadinha besta, contada por qualquer pessoa besta é capaz de me fazer sorrir. Se me aparece uma pessoa estranha, meio sem-noção, me acabo de rir. Se alguém fala uma besteira na frente de várias outras pessoas ou se alguém cai na minha frente, tenho que sorrir. Esses dias, um gordinho, aliás, um cara enorme me fez o favor de cair bem na minha frente. Quase não consigo ajuda-lo de tanto rir. Ele me fez um enorme favor, deixou o meu dia bem mais alegre, inclusive tive que o agradecer por isso. Coisas pequenas têm o poder de me fazer feliz.
Ano passado, estava almoçando com meus amigos num restaurante e fiz o favor de cair da cadeira, [é, além de feliz, sou muito estabanada]. O restaurante inteiro percebeu. O brigadista veio me levantar morrendo de rir. Pra completar toda a triste situação, estava com tanta vergonha que não conseguia parar de rir. Acabei fazendo pipi na roupa, [é, também sou corajosa por estar contanto isso aqui]. Saí do restaurante com uma blusa amarrada na cintura. Depois desse dia, todo mundo do trabalho me contava coisa besta só para ver se fazia a mesma coisa de novo.
Não sei o que me acontece quando escuto alguém falar "talba" ao invés de "tábua". Quando alguém diz "polta" no lugar de "porta". Meu deus, eu morro de rir. É muita besteira para uma só pessoa. Fico pensando se isso será normal.
Essa história de rir de tudo pode não ser um bom negócio para mim. Mesmo assim insisto porque ser feliz é não se preocupar com o que os outros pensam, é sorrir do que te dá vontade, é ser livre para sorrir da piada mais idiota que escutar.
Parecer bobo ou maluco é algo que todos, em algum momento da vida, já pareceram. Seja pelo amor, seja pela graça... estou sempre sorrindo, porque sorrir verdadeiramente é algo que não tem preço.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

De nada adianta

Pense bem, deixe tudo como está

Agora não adianta nada querer restaurar

Já não há saída e é bem assim que é a vida

Se agora resolvermos criar um belo final para a história

é capaz que apenas possamos deixa-la mais notória

E não se trata de apresentar a história que se passou

O amor em mim existiu, mas o sofrimento o ratificou

De nada adianta pensar no passado

e querer voltar o que lá atrás ficou

Porque o que prova a veracidade do amor

é o sofrimento que no coração morou

Se foi amor, sofrimento também foi

Porque se alegre pude ser

Cheio de tristezas tudo acabou

quarta-feira, 29 de julho de 2009

De todas as raivas

A maior de todas não sei, mas garanto que raiva é algo que posso sentir com a mesma intensidade que sinto o amor.
Talvez você não aguente mais ler qualquer comentário sobre isso. Talvez já esteja com raiva só de ler algumas palavras. Comigo funciona mais ou menos assim: tenho raiva de quase tudo e as coisas mais bestas são as que mais me deixam fora do sério. Me irrito com uma facilidade tão grande que fico com muita raiva de mim.
Tenho raiva da mulher que nunca vi na vida, mas que me olha com cara feia enquanto ando na rua; fico para morrer de raiva quando encontro alguma pessoa fresca, cheia de eu não como isso ou eu só uso roupa da loja mais cara; odeio com toda minha força quando alguém me olha dos pés a cabeça (tenho vontade de perguntar o que a pessoa perdeu em mim); morro de raiva quando uma amiga que sabe do meu sofrimento, resolve sumir no mapa como se só fosse minha amiga quando precisa de ajuda ou quando está tudo as mil maravilhas; odeio quando encontro alguém que fala mais que eu; odeio quando, por vergonha, acabo perdendo a oportunidade de participar de um debate; ou quando falo com alguém e a pessoa não me responde.
É tanta raiva que já estou, aqui, pensando em um jeito de parar de senti-la. Mas acho que ela me motiva. Trabalho melhor quando estou com raiva. Me supero muito mais quando sinto muita raiva. E viva a raiva por qualquer coisa!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Vontade

Estão dizendo que o sentimento é algo difícil de se falar e descrever. Tem sempre alguém para dizer que quase sempre escrevo sobre coisas muito sentimentais. O que não é necessariamente ruim, pelo menos para mim. É minha maneira de saber enfrentar os meus problemas, ou, de deixa-los ainda maiores. Foi a saída que encontrei para mostrar o que penso e o que sou. Sou isso que vocês podem ver e principalmente aquilo que vocês conseguem retirar e absorver do que aqui escrevo. Falar de sentimento é algo maravilhoso. E isso não quer dizer que eu esteja sofrendo. Apenas comprova que consigo deixar o sentimento ser profundo e verdadeiro e que acho isso essencial. Falo de amor porque gosto, acho importante e principalmente porque isso me faz muito bem.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Ele tem medo de amar

Não se assuste se em mim uma nova mulher aparecer.
Diante dos olhos que me comprovam o medo de amar -
consigo perceber - compreendo que será difícil crescer
em você a ESSÊNCIA DO AMOR POR AMOR.

*
*

"Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raíz
e que ter medo de amar não faz ninguém feliz".

Vinícius de Moraes

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amizade

Segure minha mão quando eu precisar e saiba que estarei disposta a segura o seu coração
quando a tristeza estiver por perto. Conte-me os seus segredos e tenha certeza que eles ficarão guardados comigo pela eternidade. Me escute falar durante horas quando estiver apaixonada por alguém. Pode confiar que também estarei te escutando falar do tal cara até a hora que desejar.
Posso, as vezes, não saber reconhecer todo o seu amor. Posso esquecer de te ligar ou mesmo sair com você, mas sabia que logo a frente estarei fazendo algo que possa demonstrar todo o meu amor por você. Não fique me cobrando como se namorado fosse, mas esteja sempre presente para que eu possa saber que tenho perto de mim alguém que muito me estima.
Se algum dia eu te deixar falando sozinha, perdoe minha insensatez. Mas saiba que em algum momento você também vai me deixar falando sozinha. Se eu for embora para outro País, saiba que te levarei em meu coração e que a amizade não se acabará, porque a distancia comprova a verdade e pureza da amizade. Não pense que vou resolver o seu problema, porque sei que o meu você também não conseguirá resolver. E também porque não deve ser esse o objetivo de um amigo. Espere toda minha atenção e dedicação em relação ao seu problema.
Não me peça para te mostrar o caminho. Dar conselho não é algo do qual posso me orgulhar. Mas quando estiver no caminho errado, saberei te dizer. E quando não souber o que dizer, simplesmente nada direi. Não sinta ciúmes de minhas outras amizades que não terei ciúme de suas outras amizades. Ciúme não é prova de amor e sim de obsessão e posse.
Saiba entender os meus furos. Saberei entender os seus. Chore quando precisar e depois sorria.
Quando eu beber demais, cuide de mim. E se o tal cara sem vergonha novamente aparecer, me olhe nos olhs e diga que ele não gosta de mim. Me diga com todas as palavras, para que eu possa acreditar. Não minta para mim. Pode chorar, pode pedir ajuda. Mas não seja falso comigo, não tenha inveja. Essas duas coisas me confirmam se você é meu amigo ou não.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Do passado para o futuro

Logo eu que sempre detestei a ideia de mudança e, ao mesmo tempo, não sei conviver com a ideia de que não existirão novos acontecimentos a cada minuto, agora, me pergunto se continuarei amando música, sorvete e pessoas; se continuarei não gostando de leite, inveja e falsidade.
Sempre quis fazer jornalismo. Desde que me entendo por gente. Olhava a Fátima Bernardes na telinha e queria fazer o mesmo que ela. Inclusive, foi por esse motivo, somente, que começei a fazer jornalismo. Esse pensamento já não é assim. Já quis demais. Hoje, não faço questão. Descobri outras maravilhas dentro do jornalismo...
Um dia, resolvi que seria cantora. Cantava no banheiro, enquanto segurava o pote de condicionador. Cantava na escola para os amiguinhos crianças assim como eu. O povo gostava. Até que um dia, lá pelos 15/16 anos me disseram que eu tinha voz de bebê que ficou grande. A pessoa disse: "Sabe aquela voz chatinha, tipo Wanessa Camargo"? Aquilo acabou comigo. A partir daí, desisti do enorme sonho de ser cantora. E olha que sonhava em ir no programa do Raul Gil. Muitas crianças cantavam no programa dele. Aquilo era um sonho para mim.
Pensei que as pessoas estariam para sempre em minha vida. Achava que as amigas seriam para sempre, ao mesmo tempo em que parava de falar com quem quer que seja de um dia para o outro. Podia ficar o resto da vida sem falar com um grande amigo sem nenhuma preocupação.
Odiava música brega. Até que de tanto ser obrigada a escutar Reginaldo Rossi, entre outros, acabei gostando de verdade desse tipo de música. Tudo culpa do meu pai.
Não sabia dançar forró. Resolvi aprender. Aprendi bem, muito bem. A ponto de ficar me exibindo quando saia para dançar.
Hoje, aos 21, ainda com os olhos repletos de sonhos, com o coração cheio de desejos e vontades, fico pensando, enquanto tomo meu sorvete, se todos esses sonhos ainda são os mesmos; se ainda costumo agir do mesmo jeito e se daqui para frente serei mais ou menos eu; e se isso realmente terá alguma importancia, ou se nem vou perceber essas mudanças de pensamento.
Espero, daqui alguns anos, estar mais certa do que quero, ou , quem sabe, com mais dúvidas. Porque essas dúvidas são provas de que estou vivendo e adquirindo novas experiências.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mensagem a duas amigas

Minha bela, não fique cansada com as injustiças da vida. Me canso porque os acontecimentos têm me transformado em pessoa menos pasta, mais humilde e sossegada, menos amedrontada, mais ingênua e menos ingênua. Coisa que não esperava conseguir alcançar.
Fico serena porque, diante de tudo que vem me acontecendo, pensar é a única coisa que posso fazer. Pense também. E assim como eu, aprenda que nem sempre precisamos estar imersos de oportunidades e bons momentos para estarmos contentes com o que temos.
Saiba também a hora de parar e recomeçar. Isso é importante. E sempre estará fazendo isso.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Sorria, mas nem sempre

Me olhe nos olhos e a partir disso pode notar todo o meu amor. Sorria por saber disso. Aproveite. Me beije profundamente. Me abraçe como nunca. Me ame como jamais amou. Seja meu melhor amigo. Saiba de todos os meus segredos. Os mais secretos. Me diga palavras bonitas e profundamente verdadeiras. Guarde fotos dos nossos momentos. Diga a todos que me ama.
Me escreva cartas. Me ligue no meio da madrugada. Faça amor comigo nos momentos mais malucos e nos locais mais insanos. Faça isso me olhando nos olhos. Saiba aproveitar um belo sorriso. Seja bom comigo que te amarei com toda força e verdade. Não minta para mim. Me trate com exclusividade. Seja meu cumplice. Meu amor. Me prometa um futuro juntos. Seja como for. O importante é que exista amor.

*
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*

Mas não me cobre. Não me diga o que fazer. Não me ensine como fazer. Não queira que eu seja o que você deseja. Não me peça para te dizer que todo o amor é verdadeiro. Não me peça para te amar mais que tudo. Não seja muito bom comigo. Não me diga que me ama tão profundamente.
Não deixe de fazer sexo comigo. Faça amor também. Entenda meus momentos de fraqueza e tristeza. Não queira competição. Me diga a verdade. Mas se for necessário, não me conte a verdade. Não me fale muito de amor. Não me trate com tanto carinho, isso tira minha vontade. Seja mais você e deixe que eu me coloque em primeiro lugar. Não duvide da minha capacidade.
Lembre-se que posso amar mais que tudo e por isso posso fazer tudo por você. Mas não pise no meu amor. Posso te odiar com toda intensidade.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Minha definição

"Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania.
Depende de quando e como você me vê passar".
Clarice Lispector

Clarice

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil".
***
"Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida".
Clarice Lispector

domingo, 12 de julho de 2009

E o tempo

O que fazer com o tempo que não passa e o tempo que não para. Fico me perguntando como conseguirei entender a importancia do tempo. Algumas situações me pedem tempo para que possa resolvê-las, outras dependem de tempo para acontecer. E se não sou capaz de esperar? Quase nunca sou. Então, o objetivo é conseguir entender a profundidade do tempo.
Tempo, tempo, bendito tempo. Tempo, maldito tempo. Que passa e corrói. Que muda o que existia. Que me faz esquecer o que não queria esquecer jamais. Mas se não esqueço, sofro. Se esqueço, sofro também.
O tempo que tudo resolve me faz crer que aquele retrato já não será o mesmo daqui para frente. Que aquele velho e longo amor pode partir e que posso achar tudo isso o melhor acontecimento.
Tempo, aquele que muda meu pensamento. Que me faz reformular o que já estava certo. Que me faz odiar cada segundo que passo longe de alguém.
As horas vagas que nunca acabam quando penso no tempo. O livro ruim que demora para acabar. O coração que insiste em não se refazer. A mulher que decide não amadurecer. O abraço verdadeiro que logo acaba. O momento único que acaba em um segundo.
O relógio não para, ao mesmo tempo que para por algum tempo para que eu possa olhar a vida de maneira mais emergente e determinada.
A necessidade de que tudo aconteça hoje e não amanhã. A agonia de saber que tudo tem o seu tempo e que posso mudar de ideia a cada segundo. Quando terei a opção de não contar com o tempo e fazer tudo na hora que quero?
Tempo, tempo, velho tempo. Novo tempo. Mesmo tempo de sempre.

Exausta

De tanto pensar...
Pensar no menino que vi na rua, com a roupa suja e rasgada, o cabelo bagunçado, o olhar distante do mundo, como quem rejeita tudo o que é obrigado a aceitar, os pés sujos no chão. Pensei: "Ele não tem sandália". Mas que besteira, ele não tem nem o que comer. Qual, então, a importancia de uma sandália para ele?
Perguntei se ele estava com fome. Ele disse que estava, mas que não queria meu dinheiro.
Pensei no que podia fazer por ele, já ele é apenas um dentre tantos... Pude perceber como é se sentir um nada...
Pensar, às vezes, não resolve nada...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Das dificuldades

Há muito tempo venho pensando que o melhor é viver sem gostar, mas a dificuldade que existe para se cumprir isso é tão imensa que fico cansada, exausta, desesperada...
A impressão que tenho é que todo mundo concorda que não existe maneira de viver agindo sempre com a verdade. Todos mentem o tempo todo.
Não existe mais vínculo profundo, eterno, consistente. É tudo muito passageiro e inconstante. Quem gosta prefere não assumir, quem não gosta, prefere mentir. E dessa maneira, as pessoas se distanciam ainda mais umas das outras.
É difícil entender a maneira como a vida acontece. Enquanto uns compreendem a lógica de viver, (que é constante mudança), outros se distanciam da verdade, sempre buscam relacionamentos incompletos, incertos, e até mentirosos.
Não existe mais pureza, coração puro e verdadeiro. É tudo uma eterna competição para ver quem fica por cima e quem fica por baixo. Não existe sentimento. Todos, agora, pensam com a razão. O que não é errado, mas simplesmente engole o amor como se ele nunca tivesse tido nenhuma importancia. Sim, sou contra esse mundo antisentimental. Continuarei amando.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Saber amar...

O que será esse sentimento que machuca o coração...
Quando muito perto, causa angústia.
Quando muito longe, causa desespero.
No final, acaba magoando, mas o amor parece existir.
Será verdadeiro? Será somente pela dificuldade?
Ao mesmo tempo que existe evolução, quando com ele,
volto a não entender e não aceitar o que já havia compreendido.
Difícil explicar. Pessoas normais não entenderiam!!

Processo difícil

Existem sentimentos mais fortes que a própria vontade. Quando estou com raiva, por exemplo, não consigo fingir que tudo está muito bem. Talvez seja melhor assim. Mas nem sempre tenho certeza de que a escolha certa é falar a verdade e mostrar o que gosto e o que não gosto. Até porque, as coisas que menos desejamos acabam acontecendo quando menos esperamos, e, no meu caso, quando mais espero.
Tento entender que também existe o lado bom em tudo isso. Se coisas ruins não acontecem, jamais terei a base de experiência necessária para conviver com os outros. Agora, quem sabe qual a quantidade de experiência que se deve ter se agimos diferente em casa situação?! Pelo menos eu sou assim.
Os anos passam e parece que nem sempre a cabeça e principalmente o coração acompanha essa evolução. Continuo com raiva de coisas insanas e por mais que saiba o que não devo fazer, acabo fazendo mais uma vez.
Por mais que me denomine corajosa, morro de medo de que as pessoas me deixem. E esse medo me leva a agir contraditoriamente em vários momentos e com várias pessoas. Por medo, medo de perder. No fundo, no fundo, ninguém gosta de perder. Muito menos eu. Mas talvez seja esse o momento de perder e aproveitar para amadurecer a ideia de que nem sempre será bom para mim.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Planos

Nao adianta fazer planos. É tudo muito passageiro. É tudo muito inconstante.
Então farei o seguinte: vou planejar somente comigo.
Ainda assim, posso mudar de ideia. Mas fazer o quê, se estou sempre mudando.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Viver para os outros

Defeitos humanos:
  1. necessidade de aplauso
  2. querer ser amado por todos
  3. desejar ser feliz todos os dias

Já li em algum lugar que felicidade demais é loucura, para mim, trata-se de fingimento. Quem é feliz todos os dia finge ter um sentimento impossível de acompanhá-lo durante todo tempo. A necessidade de aplausos e de ser adorado por todos serve apenas para aumentar a insegurança, outro terrível defeito. Acho que a vaidade jamais pode controlar a cena, pois ter a certeza do sucesso é outro tremendo defeito.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O grande dia

Normalmente, dizem que nasci no dia 12 de maio e por isso devo comemorar e receber abraços e beijos neste dia, mas acho que não sei fazer muito bem o papel de "dona da situação" ou "dona do dia". Confesso que fico meio perdida, com vergonha, para baixo. Sim, fico deprimida. Minhas amigas, as que mais me conhecem, sabem disso muito bem. Fico pensativa. Sabe aquele dia que você tira para pensar no que fez de errado durante todo o tempo de vida? Ou no que fizeram de errado com você? Assim sou eu no dia do meu aniversário. No entanto, adoro ser paparicada, abraçada, lembrada. Adoro os telefonemas, as mensagem por telefone, as mensagens no orkut. Acho, inclusive, que aguardo o ano todo até chegar este dia e receber várias mensagens no orkut. Talvez ainda tenha orkut justamente por isso.
Só sei que parece que é neste dia que relembro ou confirmo que quem diz que me ama durante todos os dias do ano, realmente ama e isso, como diz a propaganda, "não tem preço".
Receber o feliz aniversário e saber que quem te deseja isso realmente quer que isso aconteça.
Receber o abraço apertado da mãe que tanto te ama e faz tudo por você. Olhar nos olhos do seu amor e ouvir ou ler "eu te amo".
Por estas pessoas especiais e únicas o dia de hoje é sensacional.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O que machuca?

Ultimamente, nada e tudo, ao mesmo tempo.
Sinto apenas que as coisas acontecem.
Toda aquela dor já não existe mais.
É tudo passageiro demais. Triste demais.
Real demais, para se ficar fantasiando.
A vida é isso e além disso, não se deve esperar mais nada.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Brasil é isso que vemos

Acompanho, nos dias de transmissão pela TV Justica, a Audiência Pública que trata da integralidade ou não do atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde. É engraçado como todos os convidados se comportam, pois cada um defende seu ponto de vista com bastante veemência: "É necessário o direito a saúde para todos". "Deve-se se dar maior atenção aos pacientes que necessitam do SUS". Será que isso realmente vai acontecer?
Enquanto Deputados e Senadores, Ministros, Presidente do Senado, Presidente da Câmara e até mesmo o próprio Presidente da República tripudiam abusando do poder público, mandam e desmandam nas finanças públicas e colocam o Brasil ainda mais imerso em meio a tantas desigualdades sociais, os cidadão somente podem abaixar a cabeça e dizer que "o SUS é um programa conhecido mundialmente e nós brasileiros o possuímos". Que grande maravilha, já que só podemos utilizá-lo pele metade, e olhe lá.
Aos que ainda não sabem, o SUS é custeado pela própria sociedade, com pagamento de impostos e é esta mesma sociedade que não pode utilizar procedimentos que deviam ser direito de todo cidadão.
O Presidente do STF, Gilmar Mendes, resolveu discutir a integralidade do SUS por causa da grande quantidade de ações judiciais feitas pelos cidadãos que não possuem direito a certos medicamentos com grande eficácia e de baixo custo para o governo.
A partir deste ano, o SUS passa a realizar cirurgia de troca de sexo. Sem nenhum preconceito, mas não seria mais importante disponibilizar um medicamento para um paciente que sofre de câncer? Sabemos que estas são duas situações de grande desgaste para o paciente, mas no caso do cancer trata-se de vida ou morte.
É necessário que os engravatados que cuidam disso, saibam pesar o que é mais importante para a sociedade, porque enquanto eles discutem o futuro da sociedade, esperamos que, pelo menos desta vez, usando de bastante sabedoria, é claro, eles possam optar pela sociedade em sua integralidade.
Já não basta essa enorme desigualdade social??

terça-feira, 28 de abril de 2009

Saudades

Fico pensando que sempre será assim: vou conhecer novas pessoas, firmar amizades e logo em seguida irei para outro lugar. Agora, na minha cabeça, esta mudança funciona de maneira madura e sensata. Consigo pensa que a vida é mesmo assim. É necessário estar em um lugar somente até certo tempo. E depois não devo estar mais no mesmo lugar. Isso ensina. Mas, ao mesmo tempo, deixa saudades e lembranças que machucam.
Lembro do tempo de criança. Não lembro tudo que deveria lembrar, mas, sinceramente, não devo ter muitas coisas para lembrar. As coisas sempre acontecem de uma hora para outra comigo. Um dia estou em um trabalho, dia seguinte já estou em outro.
Quando sinto que devo ficar triste por alguma coisa, vem um novo acontecimento e me faz esquecer a tristeza que deveria sentir. As coisas vão passando por cima das outras, e no final, vejo que aprendi muita coisa.
No fundo, adoro todas as mudanças que acontecem de uma hora para outra. Mas fico, durante muito tempo, com saudade dos amigos que fiz e que agora não mais verei. Até do chefe vaidoso que somente quer a minha presença no trabalho e não pretende saber do meu potencial e esforço.
Os amigos que antes eram tão presentes hoje não são mais. Exceto alguns poucos que fazem de tudo para continuar próximos a mim. Em relação aos amigos, posso dizer que os verdadeiros continuam em minha vida até hoje. Mas nunca, nunca do mesmo jeito que um dia foram.
Nada será do jeito que hoje é. Isso é a mais pura verdade. Todo mundo tem certas atitudes, defeitos, pensamentos, qualidades. Acho que em mim, sobraram poucas qualidade e defeitos. Quase tudo mudou. Continuo com defeitos, claro, qualidade também, mas diante de tantas mudanças, nem sei mais o que sobrou.
Sinto saudades de algumas pessoas, momentos, trabalhos. Mas adoro os novos amigos, trabalho...
É uma saudade que ocasiona outras mudanças.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Maiores venenos!

A insegurança, assim como a desconfiança, é um dos maiores venenos que existem. Eles podem nos levar a mudar de pensamento e atitude.
A falta de posicionamento, às vezes, pode ocasionar na escolha de viver a vida do outro primeiro, para depois viver a própria vida.
Felicidade não é sempre abrir mão do que se quer e pensa em prol do outro. Além do mais,
felicidade demais acaba se tornando um enorme tédio.
Infelicidade, às vezes, é consequência de muita dedicação ao outro e pouca atenção ao próprio equilibrio emocional.
Egoísmo, assim como a autoafirmação, é uma escolha corajosa e perigosa. Não consigo ser assim.
No entanto, não acreditar na capacidade que se pode ter é uma verdadeira burrice.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Impossibilidades sentimentais

Acordei pensando em você e começei a escrever no ar a palavra amor. Daquele jeito que sempre faço. Começo a escrever com o dedo em qualquer lugar que esteja ao meu alcançe. Como não tinha nada (o chão, sua perna, seu braço ou a madeira da cama), escrevi no ar. É um pena que o ar e o tempo apaguem as palavras. Até porque, quando elas finalmente conseguem, de maneira básica e direta, dizer aquilo que qualquer um é capaz de entender e absorver, elas resolvem se apagar.
É como se fosse assim com tudo na vida. Quando encontro o ponto, o lugar, quando resolvo o que precisava resolver, essas questões se apagam e outras aparecem no lugar. Quando o problema não é o amor exagerado, é a falta de amor.
Sim, sou muito contraditória. Como consigo dizer que não acredito no amor e agora estou aqui falando de amor? Cobrando que você coloque a palavra "amor" na carta que me escreveu. Isso não é assim tão fácil. Principalmente para você que morre de medo de dizer o que sente e até mesmo de sentir o que pode sentir.
Então, me tranco no meu medo e abuso do meu direito de não acreditar nas pessoas. Estou certa. Como vou acreditar no que uma pessoa me diz? E por que não acreditar, se é possível que eu sinta um sentimento verdadeiro? Então tudo é possível. Até mesmo você conseguir escrever profundamente sobre sentimentos.
No final da carta você dizia "com AMOR", mas será que você quis dizer que ela foi escrita com carinho, amor, dedicação, com amor à escrita e até mesmo àquilo que me escrevia, ou a carta foi escrita com amor por mim? Difícil saber. Mas sei que também tenho essa incompetência, impossibilidade, vergonha, medo, ou sei lá o quê.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Já estava escrito

Agora que finalmente consegui assistir "Quem quer ser um milionário" de Danny Boyle, compreendo porque o filme ganhou o Oscar.
Ele é envolvente, inteligente, possui um clima adorável de ingenuidade por parte das crianças que atuam no filme e por mais que já saibamos que o ator principal [Jamal Malik] será o ganhador de uma boa grana, o filme é surpreendente a cada minuto.
Tudo bem que a trama não foi diferente da maioria dos filmes onde o mocinho termina feliz no final. Mas acho que ele não se deu tão bem assim. A menina (Latika, eu acho) por quem ele era apaixonado não merecia o amor dele. Ela, sinceramente, só deu furo com ele. Não consigo entender por que ele correu tanto atrás dela.
Detalhe que o irmão de Jamal, já no final do filme, resolveu virar bonzinho. Até parece. O cara apronta com o próprio irmão o filme inteiro e no final resolve ajudá-lo? Que conversa fiada. Por causa de uma crise existencial, terá sido isso? Então agora é assim? O que vale é o final, e não o desenrolar da trama?
Tirando esses pormenores o filme mereceu perfeitamente o premio que ganhou. Adorei.

Discursos sociais

Ao assistir (novamente) Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, prestei atenção na conversa de Mia (Uma Thurman) e Vincent (John Travolta). Eles falavam sobre uma coisa que sempre pensei: estamos sempre falando imbecilidades por medo do silêncio; o silêncio é capaz de causar mais revolta ou reflexão do que mil palavras.
Às vezes, em uma roda de estranhos, precisamos falar sem parar para não parecer chato ou antissocial. Mesmo sem assunto é necessário falar, falar e falar.
Tenho medo do silêncio. Odeio silêncio. Prefiro pessoas que falam muito.
Infelizmente, não sei se as pessoas que falam muito fazem isso por gostarem e por odiarem o silêncio, assim como eu, ou simplesmente por medo do que as pessoas podem pensar a respeito.
Não existe coisa pior do que você conhecer uma pessoa que simplesmente não sabe conversar, que não abre a boca nem mesmo para bocejar. É muito ruim. Mas será mesmo necessário se falar besteiras, inutilidades, futilidades, somente para atender as expectativas de quem pode estar sentado na mesma mesa que você?

segunda-feira, 30 de março de 2009

As [sem] palavras [des]necessárias

As palavras nunca conseguem suprir a vontade que tenho de falar. Elas apenas podem rodear o que estou pensando; em determinados momentos dizem aquilo que não consigo explicar; em outros, me surpreendem com pensamentos que nem sabia que tinha. Mas nunca conseguem ser enérgicas a ponto de substituir um olhar, afago, beijo, abraço, ou, até mesmo, uma lágrima, ou careta de raiva.
Alguns, como o escritor tcheco Milan Kundera escrevem aquilo que afirma ou completa o meu pensamento, e por isso, estou adorando ler A Insustentável Leveza do Ser. Acho que Kundera é um escritor que está muito próximo de mim. Ele consegue escrever aquilo que penso, de maneira fácil e completa. Para isso, ele não precisa usar palavras complicadas.
Acontece que estou sempre depositando nas palavras a explicação para os meus questionamentos diários. Estou sempre imaginando qual será a palavra correta que conseguirá englobar tudo o que desejo que o outro saiba. É um enorme peso não se conseguir, através das palavras, explicar todas as nossas agonias, sentimentos, raivas, dúvidas. Quantas dúvidas.
Fico pensando se um "eu te amo" consegue suprir a vontade que temos de ter alguém ao nosso lado, de sentir o que sentimos, de querer o amor. Acho que não.
O fato é que existem muitas coisas além das palavras, que por mais que eu tente explicá-las para vocês não conseguirei, pois elas somente comprovam a incompletude (se é que esta palavra existe) das palavras.

Somos imperfeitos e isso nos completa!

Hoje, vou usar este espaço para falar sobre aquilo que é, e não sobre o que gostaria que fosse. Tenho uma mania feia de sempre querer somente o que quero, e não saber avaliar nem dar valor àquilo que realmente é.
Ao invés de usar palavras grosseiras, prefiro usar palavras amorosas. Mas não faço sempre assim, e nem sempre pensei assim.
Ando praticando bastante minha paciência. Coisa que nunca tive.
Agora consigo entender, pelo menos mais do que antes, que existem coisas boas naquilo que, inicialmente, foi vontade de outra pessoa. Mas me diga que tenho que ceder para ver a minha reação.
Adoro falar sobre as imperfeições. Adoro falar que fulano está errado e eu estou certa. O problema é quando me dizem que eu estou errada e tenho que aceitar.
Estou sempre com as melhores palavras para as amigas que estão com problemas. Mas quando o problema é meu, sempre faço tudo errado.
Odeio julgamentos antecipados. Mas estou sempre desconfiando de tudo e todos. E sempre acho que fulano não é bom o suficiente para ser meu amigo.
Responsabilidade e trabalho são duas coisas que me deixam completamente extasiada, mas choro quando estou muito cansada, e quase sempre digo que queria voltar a ser criança, que não existe coisa melhor.
Falo coisas que não consigo fazer. Faço coisas que normalmente não faço, mesmo odiando tudo isso.
O fato é que antes não aceitaria isso assim tão fácil. Agora, consigo compreender que mudo de ideia e que não sou perfeita. Sou imperfeita, e por isso, devo apenas aceitar as minhas contradiçoes.
Até porque, tem um gostinho muito bom nesta história de felicidade de tristeza.
Mesmo adorando a felicidade, também consigo tirar proveito dos momentos ruins. Eles me ensinam bastante.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Falsidade ou sociabilidade

Meu pai, em mais um dos seus vários momentos de raiva da vida, me disse que devemos ser falsos quase o tempo todo. Que não podemos ser verdadeiros com tudo e todos. Engraçado que por mais que não tenha concordado na hora, hoje, não consigo ser grossa nem mesmo com quem não suporto. Isso é muito complicado, porque passei a ser falsa também: acabo sorrindo para quem não gosto e volto para casa com raiva de mim. Estou lutando contra isso. E como estou.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Aos amigos

Não se preocupem com o silêncio que se mostra inevitável, isso passa. Falar, às vezes, desgasta, cansa e nada resolve. Falar muito pode apenas impor o que o outro deseja.
Não se apeguem aos pensamentos que parecem tomar conta de tudo: eles se vão, e outros aparecem para retomar a "sangria desatada" que é pensar, que é viver.
Não se entristeçam com os pormenores, com picuinhas, mentiras, desavenças: isso apenas prova que viver não é e nunca será fácil.
Não tenham raiva dos problemas que acabam em primeiro plano: eles se resolverão, e outros ocuparão o lugar "não desejado".
Preocupem-se apenas em manter aqueles bons e velhos amigos. Até porque, é também pela existência dos amigos que independente do que venha a acontecer, estarei sempre firme e forte.
Bastante sacudida, é claro, mas firme e forte. É isso que importa.
Queiram apenas saber que junto com o crescimento e o tempo da amizade, desenvolve-se a compreensão. As pessoas mudam de ideia, acabam fazendo o que juraram nunca fazer. Mas amizade é mesmo isso, lealdade é isso: apesar de tudo, de todas as diferenças e mudanças você ainda gosta e tem consideração.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Alegria, alegria

*É aquela que faz falta quando passa muito tempo sem aparecer
*É aquela que pode deixar um maluco ainda mais maluco
*É aquela que procuramos enquanto todo o resto acontece
*É aquela que não identificamos enquanto a procuramos em outras coisas
*É aquele sentimento que incomoda os outros
*É aquilo que se torna superficial quando o procuramos por fingimento
*É aquilo que devemos sentir diante das tristezas
*É aquilo que nem sempre acontece
*É aquilo que às vezes acontece
*É aquilo que alguns nunca saberão o que é

terça-feira, 10 de março de 2009

Mudanças

É incrível a minha capacidade de mudar de ideia. Fico assustada com minha impossibilidade de falar o que realmente penso, sem pena, receio ou vergonha.
Antes, quando criança, jamais hesitaria em soltar as "melhores" palavras. No mais alto som. Porque se a pessoa tivesse cara-de-sonsa e fingisse não escutar, não teria para onde correr. E teria mesmo que escutar minha opinião.
Se não gostasse de alguém, não tinha problema nenhum de escrachar, de "mandar brasa", e deixar a pessoa completamente sem jeito diante de minhas palavras.
Agora, depois de grandinha, fico nessa historinha de ser sociável, agradável, educada, simpática.
Ah, quer saber?, hoje fiz diferente. Quase mandei meu chefe àquele lugar. Está pensando que sou o quê? Uma burra que sempre aceita as coisas balançando a cabeça? Não, nem pensar. Posso ficar calada, mas opinião eu tenho. Sempre tive. E, a partir de agora, vou usá-la com bastante frequência. Estou cansada de esconder o que penso.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Loucura

De todas as loucuras que aceito participar, o amor é a mais insana e desprovida de amor-próprio. Primeiro: ao amar alguém desejo que a relação venha inundada de felicidades, paciência, consideração, cumplicidade. Espero que não exista mentira. E sim, exclusividade e fidelidade. Ser a mais amada é o que mais desejo. A mais desejada, aquela que o mudou, que o fez enxergar a vida com outros olhos. Aquela que o fez acreditar verdadeiramente na existência do amor. Loucura minha! Isso não acontece.
Segundo: parece que para amar alguém preciso necessariamente de anulação própria. Me coloco sempre em última posição. E simplesmente ignoro aquilo que quero, sinto e concordo. Preciso ter certeza que sou amada. Quero absorver a pessoa. Bobagem minha. Isso também não acontece.
Não acontece porque apenas existem momentos em que estamos por cima, e momentos em que estamos por baixo. Nunca teremos a certeza do amor.
Acontece que ao amar alguém, estamos alimentando a nossa vontade de fazer com que o outro se sinta bem, e, é claro, a nossa vontade de realização amorosa. Já dizia Aristóteles, um dos maiores pensadores de todos os tempos: "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição". Acreditamos que por meio do amor, tudo se resolverá. E esquecemos que é por causa dele que vivemos inseguros. É exatamente por causa dele que os defeitos são escancarados. Seres perfeitos?, isso não existe. Principalmente no amor.
Por causa da idealização deste maldito sentimento passamos a fazer coisas que antes não fazíamos. Esquecemos os conselhos, as dicas, as posturas corretas, o orgulho. Esquecemos de viver.
O fato é que, depois de um tempo, tudo acaba, tudo tem fim. E, a partir disso, passamos a pensar: por que fiz tudo isso por uma pessoa que nem me ama?, por que, mais uma vez, acreditei nessa burrice chamada amor?...
Minha conclusão é que o amor, ah, o amor, ele não existe. Ele é apenas o desejo de toda pessoa. Quem não quer ser verdadeiramente amado?!
A crença no amor faz parte de uma insatisfação com tudo o mais: insatisfação com a vida, com as dificuldades, com os problemas, com a real situação de cada um.
As desilusões, cada vez mais, me mostram que o amor pode ter existido - em Romeu e Julieta, por exemplo, da obra de William Shakespeare - mas não existe mais - em O Teatro de Sabbath, por exemplo, do escritor norte-americano Philip Roth.
No livro de Philip Roth, para o personagem Mickey Sabbath, Drenka Balich era apenas sua satisfação pessoal, seu controle emocional, seu ponto de equilibrio. E, ao mesmo tempo, seu destempero, sua insegurança, seu descontrole pessoal, sentimental, sua loucura.
Somos ensinados a pensar primeiro em si. Para mim, isto determina ainda mais a inexistência do amor. Pensamos cada vez menos nos outros. E consequentemente, cada vez mais em si.
Sou uma das poucas malucas que ainda acreditava no amor. Que pensava primeiro no outro, para depois pensar em si. Mas quer saber?, estou fora dessa também. Existem bons momentos, bons amigos, bons companheiros, família, saudade, desejo, paixão. Mas não existe nada de bom na loucura de acreditar no amor. Ele apenas faz parte de um padrão. De um desejo. De uma "obrigação" para se ser feliz.