De todas as loucuras que aceito participar, o amor é a mais insana e desprovida de amor-próprio. Primeiro: ao amar alguém desejo que a relação venha inundada de felicidades, paciência, consideração, cumplicidade. Espero que não exista mentira. E sim, exclusividade e fidelidade. Ser a mais amada é o que mais desejo. A mais desejada, aquela que o mudou, que o fez enxergar a vida com outros olhos. Aquela que o fez acreditar verdadeiramente na existência do amor. Loucura minha! Isso não acontece.
Segundo: parece que para amar alguém preciso necessariamente de anulação própria. Me coloco sempre em última posição. E simplesmente ignoro aquilo que quero, sinto e concordo. Preciso ter certeza que sou amada. Quero absorver a pessoa. Bobagem minha. Isso também não acontece.
Não acontece porque apenas existem momentos em que estamos por cima, e momentos em que estamos por baixo. Nunca teremos a certeza do amor.
Acontece que ao amar alguém, estamos alimentando a nossa vontade de fazer com que o outro se sinta bem, e, é claro, a nossa vontade de realização amorosa. Já dizia Aristóteles, um dos maiores pensadores de todos os tempos: "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição". Acreditamos que por meio do amor, tudo se resolverá. E esquecemos que é por causa dele que vivemos inseguros. É exatamente por causa dele que os defeitos são escancarados. Seres perfeitos?, isso não existe. Principalmente no amor.
Por causa da idealização deste maldito sentimento passamos a fazer coisas que antes não fazíamos. Esquecemos os conselhos, as dicas, as posturas corretas, o orgulho. Esquecemos de viver.
O fato é que, depois de um tempo, tudo acaba, tudo tem fim. E, a partir disso, passamos a pensar: por que fiz tudo isso por uma pessoa que nem me ama?, por que, mais uma vez, acreditei nessa burrice chamada amor?...
Minha conclusão é que o amor, ah, o amor, ele não existe. Ele é apenas o desejo de toda pessoa. Quem não quer ser verdadeiramente amado?!
A crença no amor faz parte de uma insatisfação com tudo o mais: insatisfação com a vida, com as dificuldades, com os problemas, com a real situação de cada um.
As desilusões, cada vez mais, me mostram que o amor pode ter existido - em Romeu e Julieta, por exemplo, da obra de William Shakespeare - mas não existe mais - em O Teatro de Sabbath, por exemplo, do escritor norte-americano Philip Roth.
No livro de Philip Roth, para o personagem Mickey Sabbath, Drenka Balich era apenas sua satisfação pessoal, seu controle emocional, seu ponto de equilibrio. E, ao mesmo tempo, seu destempero, sua insegurança, seu descontrole pessoal, sentimental, sua loucura.
Somos ensinados a pensar primeiro em si. Para mim, isto determina ainda mais a inexistência do amor. Pensamos cada vez menos nos outros. E consequentemente, cada vez mais em si.
Sou uma das poucas malucas que ainda acreditava no amor. Que pensava primeiro no outro, para depois pensar em si. Mas quer saber?, estou fora dessa também. Existem bons momentos, bons amigos, bons companheiros, família, saudade, desejo, paixão. Mas não existe nada de bom na loucura de acreditar no amor. Ele apenas faz parte de um padrão. De um desejo. De uma "obrigação" para se ser feliz.
Segundo: parece que para amar alguém preciso necessariamente de anulação própria. Me coloco sempre em última posição. E simplesmente ignoro aquilo que quero, sinto e concordo. Preciso ter certeza que sou amada. Quero absorver a pessoa. Bobagem minha. Isso também não acontece.
Não acontece porque apenas existem momentos em que estamos por cima, e momentos em que estamos por baixo. Nunca teremos a certeza do amor.
Acontece que ao amar alguém, estamos alimentando a nossa vontade de fazer com que o outro se sinta bem, e, é claro, a nossa vontade de realização amorosa. Já dizia Aristóteles, um dos maiores pensadores de todos os tempos: "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição". Acreditamos que por meio do amor, tudo se resolverá. E esquecemos que é por causa dele que vivemos inseguros. É exatamente por causa dele que os defeitos são escancarados. Seres perfeitos?, isso não existe. Principalmente no amor.
Por causa da idealização deste maldito sentimento passamos a fazer coisas que antes não fazíamos. Esquecemos os conselhos, as dicas, as posturas corretas, o orgulho. Esquecemos de viver.
O fato é que, depois de um tempo, tudo acaba, tudo tem fim. E, a partir disso, passamos a pensar: por que fiz tudo isso por uma pessoa que nem me ama?, por que, mais uma vez, acreditei nessa burrice chamada amor?...
Minha conclusão é que o amor, ah, o amor, ele não existe. Ele é apenas o desejo de toda pessoa. Quem não quer ser verdadeiramente amado?!
A crença no amor faz parte de uma insatisfação com tudo o mais: insatisfação com a vida, com as dificuldades, com os problemas, com a real situação de cada um.
As desilusões, cada vez mais, me mostram que o amor pode ter existido - em Romeu e Julieta, por exemplo, da obra de William Shakespeare - mas não existe mais - em O Teatro de Sabbath, por exemplo, do escritor norte-americano Philip Roth.
No livro de Philip Roth, para o personagem Mickey Sabbath, Drenka Balich era apenas sua satisfação pessoal, seu controle emocional, seu ponto de equilibrio. E, ao mesmo tempo, seu destempero, sua insegurança, seu descontrole pessoal, sentimental, sua loucura.
Somos ensinados a pensar primeiro em si. Para mim, isto determina ainda mais a inexistência do amor. Pensamos cada vez menos nos outros. E consequentemente, cada vez mais em si.
Sou uma das poucas malucas que ainda acreditava no amor. Que pensava primeiro no outro, para depois pensar em si. Mas quer saber?, estou fora dessa também. Existem bons momentos, bons amigos, bons companheiros, família, saudade, desejo, paixão. Mas não existe nada de bom na loucura de acreditar no amor. Ele apenas faz parte de um padrão. De um desejo. De uma "obrigação" para se ser feliz.
3 comentários:
"..Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te."" Nietzsche. NO amor a mesma coisa!Se nao houver confiança plena e absoluta,nao havera amor! E que seja amor de verdade,amor por correspondencia de sentimentos nao vale! Tem que viver,sentir,buscar!..
amOr será pra mim,uma icognita eterna! assim como o vento existe,mas nao podemos ve-lo,nem toca-lo,sei que o amor existe,posso SENTIR,mas nao tocar!dores virao e passarao!..eu haverei de amar mais do que amei e haverei de econtrar aquele q vai ficar do meu lado!assim eu o espero..assim eu o acredito!pois sem esperança,nao ha vida!
te amOOo Heli..continue assim!
escrevendo sempre superhipermega lindo e bem!Parabens minha jornalista preferida! e oww,o amor pode ser legal..por exemplo,o meu por vc! =D beijooo
Deixa de ser desiludida guria!! Que mané o amor não existe; talvez no momento ele não exista para você, mas sei que vc já teve certeza que do contrário também!! Como eu disse, o amor é uma coisa esquisita e esquisofrênica, e cabe a nós saber dosar, e entender seus limites!! Caralho, to falando mto nerd, rsrs
Bom texto cabeçuda, e relaxa q isso passa..!
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Ih Tiago, o amor não existe. Existem momentos, pessoas, situações, desejos, vontades, saudades... Existem idealizações...
Esse pensamento não é resultado de nada que tenha me acontecido. É resultado da maturidade que está batendo à porta. Sinto lhe informar que o amor é "uma coisa esquisita e esquisofrênica" exatamente por não existir, e, por causa disso, as pessoas querem (tanto) acreditar na existencia dele...
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