domingo, 22 de maio de 2011
SOL QUE ILUMINA A MINHA VIDA - PARTE 3
Só que como nada nem ninguém é perfeito nesse mundo, também tínhamos os nosso momentos de destempero. Brigávamos por muitas besteiras. Se eu prometesse uma visita e não conseguisse cumprir com minha palavra o trem ficava feio. Se desse atenção para outras amigas e me esquecesse dela, VIXI, a briga estava pronta. Com o tempo, fui me sentindo no direito de também cobrar atenção, de também ficar com raiva caso ela me "trocasse" por outra amiga, caso percebesse que ela não estava tão ligada a mim. Com o tempo acabei me entregando e entendendo que ela era, sim, a minha melhor amiga e que por esse e vários outros motivos podia, sim, cobrar o que ela também me cobrava. No início eu era muito mais orgulhosa e era sempre ela quem vinha querendo acertar os ponteiros. No final, melhorei como pessoa e ignorei certas brigas, conversei como se nada tivesse acontecido e até a procurava quando sabia que esse papel nunca foi o meu. Bom, acabou sendo. Eu também precisava aprender. Nós mudamos em vários sentidos. Cresci. A SOL cresceu de mais. Muito mesmo. Ela aprendeu a não dar tanto valor ao que não merecia e a compreender que nossa amizade nunca acabaria por causa das brigas desnecessárias ou mesmo por causa da distância. Lembro como se fosse hoje de nossas brigas pelo msn ou pelo gtalk. Ela, caso se sentisse colocada de lado, ou mesmo caso eu a tratasse com frieza por estar com raiva de alguma coisa, sempre dizia que me desejava toda a felicidade desse mundo e que compreendia o fato de eu não querer mais ser amiga dela. Mas eu nunca disse que não queria mais a amizade dela, muito pelo contrário! Dizia certas coisas pensando que ela cresceria como pessoa e logo mais não teríamos aquelas brigas idiotas. Ela sempre pensava que eu não a amava e que não fazia questão de sua amizade, e, é claro, agia dramaticamente por causa disso. Mas, claro, minha gente, eu fazia o papel da mãe que tenta educar o filho, e, sendo mãe e tentando educar a própria cria, é lógico que eu a amava loucamente. Caso contrário, não estaria ali "quebrando" a cabeça com ela. Ela só conseguiu compreender que eu queria apenas que ela não sofresse com o que não devia sofrer após um bom tempo de amizade. No fim, ela me surpreendeu em vários momentos. Tudo bem que em algumas ocasiões a peguei fingindo que não estava com raiva para parecer a madura, mas em muitos momentos ela realmente se superou e me superou na maturidade. Hoje eu percebo que éramos muito parecidas em algumas coisas e totalmente diferentes em outras, mas essas diferenças nos aproximava, nos unia, porque eram justamente os pensamentos e atitudes diferentes que faziam com que sempre falássemos a verdade uma para a outra. E, jamais deixarei de pensar que a verdade nos liberta da mentira. Nossa amizade tinha verdade, mesmo quando queríamos escondê-la, por vergonha, pra não parecer idiota, criança ou qualquer coisa do tipo. Já em relação aos estudos, Solzinha sempre foi uma ótima aluna, tanto em sala de aula, quanto na escola da vida. No Ensino Médio, só consegui aprender química graças as aulas particulares que ela e a outra poia Gislene me deram. Em física, só passei na matéria por causa dela. Fazia todas as provas com ela e, assim, consegui passar pela primeira vez com um notão na matéria que menos sabia, alías, na matéria que nunca soube nada vezes nada. Quem diria?! Mas se existiu um momento em que nós realmente não conseguimos nos entender, esse momento, com certeza, foi no ensino médio. Graças a Deus que ele passou e nós duas mudamos. Mas também penso que se passamos por ele, se o superamos, é porque nossa amizade verdadeiramente foi obra de Deus. rs Grande SOL, a SOL era imensa, era gigante, era linda. Minha inseparável amiga. Minha eterna irmã.
SOL QUE ILUMINA A MINHA VIDA - PARTE 2
Tenho medo, agora tenho medo de ser muito amiga de alguém, mesmo tendo amigas que também são irmãs. Fiquei, durante um tempo, comparando minhas amigas com a SOL. Que coisa terrível, eu sei. Terrível. Fiquei com raiva por sentir que elas não me entendiam como a SOL entendia. Morro de saudade, pois éramos inseparáveis mesmo sem nos encontrarmos o tempo todo e nos completavamos de maneira muito peculiar. A SOL sabia de tudo sobre mim. Sabia até se o meu namorado era o homem da minha vida. Sabia e torcia para que eu ficasse com aquele, aquele lá que sei muito bem quem é e com quem ela até tramava contra mim, na esperança de que de ficassemos juntos finalmente. Hoje sei de tudo isso e morro de rir, porque acho mesmo que ela tinha razão em muitas coisas. A verdade é que a SOL era tão alegre quanto triste. Ela estava sempre sorrindo, mesmo com um problemão nas costas, mas bastava que eu perguntasse o que havia acontecido umas duas ou três vezes para ela se acabar no choro. Mas era sempre um choro breve. Os choros mais demorados eram por telefone, quando ela havia brigado com o namorado. A SOL era uma menina e uma mulher ao mesmo tempo. Sentia medo de coisas pequenas, não comia feijão preto, nem tomava café, adorava uma sukita com um pacote de biscoito traquinas, dançava funk sozinha em casa, adorava um forró, ficava horas escutando Trio da Huana, se acabava numa "língua de sogra" (aquele pão doce com coco por cima), queria que tudo fosse do jeitinho que ela queria, ficava com raiva caso se sentisse ignorada, mas sempre, sempre perdoava tudo e todos com uma facilidade tremenda, com uma facilidade invejável. Era só chegar com um pedido de desculpas ou nem isso. Bastava um sorriso que significava "me desculpa". Ela podia ser louca pelo tal carinha que mesmo assim jamais dizia um não para um convite para a farra. Ela podia sofrer depois, como sofria, mas, se quisesse, ficava, sim, com o "doidinho" que achou uma gracinha pensando que assim conseguiria esquecer o amado ou mesmo parecer dura, difícil, menos fácil para ele. rs A SOL gostava de viver e aproveitar muito bem cada momento. Só depois que ela morreu que consegui entender por que motivo ela sempre acabava fazendo algo do qual depois poderia se arrepender. A verdade é que ela preferia fazer o que queria, mesmo sabendo que podia sofrer, porque sofreria muito mais ao pensar que deveria ter feito e não fez. Impulsiva, emotiva, alegre, forte, educada, inteligente, amiga, compreensiva, verdadeira, pura, ingênua, esperta, carinhosa. A SOL era fiel, a amiga mais fiel. Ela era fiel, mas um dia, num dia qualquer, resolvia descontar as traições, as muitas traições do então namorado, por exemplo. Amava loucamente a família. Tinha o pai como um heroi. Vivia brigando com a mãe, mas sabia que isso era só um momento que logo passaria. Bastava que ela conseguisse ignorar certas coisas e agir da maneira mais correta possível. O amor que ela sentia pelo pai, eu sinto pela minha mãe; as brigas que ela tinha com a mãe, tenho com o meu pai. Mas, no fundo, ela só queria paz e a família era a coisa mais importante. A SOL tinha pressa em viver. Ela queria tudo, ao mesmo tempo, com total intensidade e amor. Adorava crianças. Queria ser mãe um dia. Não podia. Era ciumenta. Se apaixonava pelos mais difíceis e acreditava que o tal sem vergonha um dia mudaria, mesmo sabendo que isso não aconteceria. Aquele coração era imenso, generoso, amável, lindo. A SOL era linda, por dentro e por fora.
SOL QUE ILUMINA A MINHA VIDA - PARTE 1
Faz tempo que sinto a necessidade de dizer, escrever, seja lá o que for, mas, de alguma forma, fazer uma homenagem para a poia mais poia, para o SOL que ilumina a minha vida, para a outra metade da minha laranja, para o meu maior amor do mundo todo, para a Malinha mais mala de todas, para a minha irmã de corpo e alma: SOLANGE MALAINE DOMINGOS DE ALMEIDA:
Sempre lembro de minha amiga de alma como se fosse ontem. Lembro de todos os momentos vividos. Lembro da voz, do abraço, do jeito de falar, das palavras, das graças, das nossas tramóias, dos nossos planos contra os homens que nos faziam sofrer, dos segredos contados e guardados para sempre, da ansiedade para nos encontrarmos e contarmos o que havia acontecido. Ó, Deus, só Deus sabe o quanto lembro disso todos os dias de minha vida e o quanto daria tudo para poder abraçá-la novamente, ou mesmo pensar, apenas imaginar que ela está viva em algum canto do mundo, viva e feliz como sempre foi, com aquele sorriso encantador e lindo de viver. Isso me dói demais. Ainda faz pouco tempo. Para mim ainda faz pouco tempo. Sinceramente, eu não consigo superar essa perda, essa saudade, essa doença que tenho em pensar diariamente em tudo o que vivi ao lado da minha irmã de alma. No fundo, sei que escrever tudo isso só me faz sofrer ainda mais. Sei que tentar lembrar da beleza interior e exterior da SOL só me faz ter cada vez mais saudade da presença dela. Alguns diziam que a SOL me idolatrava, que ela era, sem sombra de dúvidas, uma das pessoas que mais me defendiam nesse mundo. Das minhas amigas, a que mais me amava, a que mais fazia com que eu a amasse. Aquela amiga que vem aos poucos e conquista um território quase impossível. Aquela que veio para que eu pudesse acreditar no poder e no valor de uma verdadeira amizade. Sou feliz por um dia ter dito isso a ela. Foi a SOL quem me fez acreditar nessa história de amizade verdadeira, nessa história de melhores amigas.
Ela, como sempre, me cobrava atenção. Diziamos que éramos namoradas, já que não tínhamos lá muita sorte com os homens. E acho que éramos mesmo. Ela me conhecia de um jeito que só mãe, pai ou irmã conseguem conhecer. Sabia, a SOL sabia que eu odiava leite, que tinha aprendido a gostar de mamão porque minha mãe vivia dizendo que era bom para o intestino funcionar melhor. Se estivessemos em qualquer lugar que seja, ela sabia, sempre sabia se eu estava triste ou alegre; se estava fingindo estar bem, quando, no fundo, só queria colo para poder chorar; se estava tão alegre a ponto de nem conseguir explicar o motivo; se eu estava amando quem não podia amar ou se eu não conseguia amar quem devia amar. Tínhamos um caso de amor e amizade e isso, no fundo, despertava inveja nos outros e ciúmes por parte de possíveis namorados. Adorávamos isso. Até diziamos que "por mais que tentem, que inventem, ninguém no mundo será capaz de acabar com a nossa amizade. Ela será eterna". É claro que quando falávamos isso, nem passava pelas nossas cabeças essa história idiota de morte. Era mais fácil termos muito medo de alguém inventar alguma história terrível para nos separar, do que imaginarmos que um dia uma de nós poderia morrer. Ate falamos, em um dia separado para Deus, na igreja, que morreríamos caso uma de nós viesse a morrer. Eu disse isso para ela com todas as letras. Ela me respondeu o mesmo. O fato é que viver pensando que alguém que amamos tanto pode morrer, e, principalmente, que essa morte pode estar tão próxima é algo só para loucos. Não pensava nisso. Até porquê, nós vivíamos intensamente, e, mesmo com alguns problemas financeiros, sentimentais ou com a família, optavamos sempre pela alegria de se aproveitar um bom dia ao lado de quem se ama.
Sempre lembro de minha amiga de alma como se fosse ontem. Lembro de todos os momentos vividos. Lembro da voz, do abraço, do jeito de falar, das palavras, das graças, das nossas tramóias, dos nossos planos contra os homens que nos faziam sofrer, dos segredos contados e guardados para sempre, da ansiedade para nos encontrarmos e contarmos o que havia acontecido. Ó, Deus, só Deus sabe o quanto lembro disso todos os dias de minha vida e o quanto daria tudo para poder abraçá-la novamente, ou mesmo pensar, apenas imaginar que ela está viva em algum canto do mundo, viva e feliz como sempre foi, com aquele sorriso encantador e lindo de viver. Isso me dói demais. Ainda faz pouco tempo. Para mim ainda faz pouco tempo. Sinceramente, eu não consigo superar essa perda, essa saudade, essa doença que tenho em pensar diariamente em tudo o que vivi ao lado da minha irmã de alma. No fundo, sei que escrever tudo isso só me faz sofrer ainda mais. Sei que tentar lembrar da beleza interior e exterior da SOL só me faz ter cada vez mais saudade da presença dela. Alguns diziam que a SOL me idolatrava, que ela era, sem sombra de dúvidas, uma das pessoas que mais me defendiam nesse mundo. Das minhas amigas, a que mais me amava, a que mais fazia com que eu a amasse. Aquela amiga que vem aos poucos e conquista um território quase impossível. Aquela que veio para que eu pudesse acreditar no poder e no valor de uma verdadeira amizade. Sou feliz por um dia ter dito isso a ela. Foi a SOL quem me fez acreditar nessa história de amizade verdadeira, nessa história de melhores amigas.
Ela, como sempre, me cobrava atenção. Diziamos que éramos namoradas, já que não tínhamos lá muita sorte com os homens. E acho que éramos mesmo. Ela me conhecia de um jeito que só mãe, pai ou irmã conseguem conhecer. Sabia, a SOL sabia que eu odiava leite, que tinha aprendido a gostar de mamão porque minha mãe vivia dizendo que era bom para o intestino funcionar melhor. Se estivessemos em qualquer lugar que seja, ela sabia, sempre sabia se eu estava triste ou alegre; se estava fingindo estar bem, quando, no fundo, só queria colo para poder chorar; se estava tão alegre a ponto de nem conseguir explicar o motivo; se eu estava amando quem não podia amar ou se eu não conseguia amar quem devia amar. Tínhamos um caso de amor e amizade e isso, no fundo, despertava inveja nos outros e ciúmes por parte de possíveis namorados. Adorávamos isso. Até diziamos que "por mais que tentem, que inventem, ninguém no mundo será capaz de acabar com a nossa amizade. Ela será eterna". É claro que quando falávamos isso, nem passava pelas nossas cabeças essa história idiota de morte. Era mais fácil termos muito medo de alguém inventar alguma história terrível para nos separar, do que imaginarmos que um dia uma de nós poderia morrer. Ate falamos, em um dia separado para Deus, na igreja, que morreríamos caso uma de nós viesse a morrer. Eu disse isso para ela com todas as letras. Ela me respondeu o mesmo. O fato é que viver pensando que alguém que amamos tanto pode morrer, e, principalmente, que essa morte pode estar tão próxima é algo só para loucos. Não pensava nisso. Até porquê, nós vivíamos intensamente, e, mesmo com alguns problemas financeiros, sentimentais ou com a família, optavamos sempre pela alegria de se aproveitar um bom dia ao lado de quem se ama.
sábado, 21 de maio de 2011
Estas são para você - Parte 1
A verdade é que hoje acordei pensando em você. Culpa do maldito sonho que tive com você ou com a ideia que faço de você. Sim, fantasiamos as coisas, fantasiamos as pessoas. Mesmo morrendo de medo, penso diariamente em você. Falava com uma grande amiga sobre isso. Sempre tive o feio costume de me jogar quando gosto mesmo de alguém. Mas, ultimamente, tenho me resguardado de mais e acho, sinceramente, que isso é fruto do medo que sinto de passar por tudo o que já passei. Medo de amar e não ser amada. Medo de ser muito amada e não conseguir sentir o mesmo. Medo de, no fundo, ter medo do amor que podem sentir pelo que sou. Medo de ficar uma velha sem amor. Medo do futuro. Medo de quem gosto. Medo de ser quem sou. Medo de você e principalmente do que o meu coração é capaz de sentir por você. Sim, medo do meu próprio coração. Meu coração é amigo do amor e nem sempre o amor que sinto por alguém pode ser bom para mim. Minha amiga pensa o mesmo e pensa também que queremos tantas coisas, tantas pessoas, tantos sentimentos e quando finalmente possuimos tudo isso não sabemos como administra-los da maneira correta. Confusão, quanta confusão em relação ao que devemos sentir e ao que realmente sentimos. Sinto sempre o que não devo sentir, mas, no fundo sei que se sentisse o que devo também não seria feliz.
Júlia Fernandes
Júlia Fernandes
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