terça-feira, 5 de abril de 2011
Aquela mulher
É difícil ser mulher, disse Anita com uma cara de cachorro sem dono. Na realidade eu bem que concordo com ela. Difícil é pouco. Nós precisamos ser seguras de si, mas sem se achar; precisamos amar, mas sem muito demonstrar. É dureza, é dureza para a raça feminina. Vivo dizendo que queria ter nascido homem, para não fazer nada daquilo que nós mulheres abominamos e nem presenciar uma colega de raça agindo de tal maneira... Mas Anita, a coitadinha da Anita parece que gosta de fazer tudo ao contrário. Ela veste a saia mais curta, coloca um batom "cor de piranha", se insinua para os homens, quer ser a mais gostosa de todas, dança bem, joga os cabelos para um lado, para o outro, quer ser a "boa de cama", fala sobre sexo, beija um e outro... E, mesmo com tudo isso, acha ruim quando um homem a olha como a "comida certa". Bom, eu odeio ter que admitir, mas sou um pouco machista. Acho que se a mulher quer ser como o homem, ela talvez não esteja preparada para um relacionamento. Ou pior, ela acaba demonstrando que não quer nada sério, quando, no fundo, deseja ardentemente um namorado. Acontece que Anita me disse algo que também devo concordar, ser boba de mais também não dá, né?! Daí a contradição: não devemos querer ser como os homens são, mas se colocarmos o sentimento pelo outro acima de tudo somos umas burras. Anita, insegura como sempre foi, se deixou levar pelo jeito rude do rapaz, que a queria hoje e amanhã, nem pensar. Ele a tratava como um lixo e depois de alguns dias ligava, como se nada tivesse acontecido e lá estava Anita sujando a raça feminina nos braços do bonitão. Quer saber? Acho mesmo que muitos dos problemas dos relacionamentos são oriundos das atitudes impensadas e da insegurança de muitas mulheres que preferem aquele que a faz sofrer. É como se elas quisessem encontrar no cara a insegurança que deixaram perdida em algum lugar. Anita me lembrou Maria do último Big Brother, em relação a coragem de assumir que é dominada pelo que sente pelo cara, mas também ao demonstrar aquela velha insegurança que nos impede de ter um relacionamento saudável.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Aquele homem
O que pensar daquele homem? A mulher o encarava como o mais louco de todos. Quantas mulheres podiam ocupar aquele coração, que ao final de cada história (sim, as histórias sempre tinham um final. Ele não era do tipo que acreditava em destino, ou mesmo em amor eterno) estava vazio e aparentemente (eu disse aparentemente) forte e pronto para outra? A questão é que aquele homem, aquele homem de coração imenso, generoso, atencioso, carinhoso, era na realidade um destruidor de corações que ainda acreditavam no amor. Seria melhor se afastar? Creio que sim. Mas digo com toda certeza que se a mulher for completamente segura e aguentar o vai-e-vem, é bem capaz que a relação dure uns bons anos. A mulher chegou a triste conclusão que aquele seria o homem certo para ela até o momento em que o coração acreditasse no amor. O fato é que a convivência com alguém tão cético desfez toda a crença que a mulher tinha no amor. O homem é louco, sim. Mas a mulher também, com toda certeza. E se não houver pelo menos alguns meses de loucura quando se trata de amor, tudo fica um tanto chato e sem sentido. Mas continuo dizendo, quantidade nunca foi prova de amor. A quantidade de mulher que um homem é capaz de "pegar" nunca foi prova de masculinidade. Aqui vai a dica (para quem quiser, é claro): prefiro mil vezes ocupar um coração por tempo indeterminado (mesmo sofrendo por amor), do que ocupá-lo por pouco tempo e viver uma ardente história de amor.
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